se levantam do chão, se alteiam palmo a palmo.
e deles nascem folhas, e as folhas multiplicam-se.
e então crescem as flores, e as flores produzem frutos,
e os frutos dão sementes,
e as sementes preparam novas árvores.
Sem verem, sem ouvirem, sem falarem.
Sós.
De dia e de noite.
Sempre sós.
Contactam-se, penetram-se, trespassam-se,
fazem amor e ódio, e vão à vida
como se nada fosse.
Solitárias, as árvores,
exauram terra e sol silenciosamente.
Não pensam, não suspiram, não se queixam.
com o vento soltam ais como se suspirassem;
e gemem, mas a queixa não é sua.
Nas planícies, nos montes, nas florestas,
a crescer e a florir sem consciência.
0 comentários:
Postar um comentário