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quarta-feira, novembro 03, 2010


1930 - Instituição do Direito e Voto da Mulher

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Alzira Soriano foi eleita prefeita de Lajes (RN) em 1928

No mês de novembro comemoramos conquistas importantes para o povo brasileiro, entre elas a conquista do direito do voto feminino. Hoje no Brasil o direito ao voto é assegurado a todos os cidadãos maiores de 16 anos. Mas nem sempre foi assim. Mas nem sempre foi assim. Em 1822, um pouco depois da independência do País, só votavam os homens brancos e ricos. Os pobres não tinham esse direito, e os negros eram escravos, portanto serviçais, as mulheres nem pensar.
Quase dois séculos depois, a história mudou e transformou o voto feminino em fator decisivo no quadro político nacional. Nas eleições deste ano o voto da mulher teve um peso muito importante. Ele representou cerca de 51% do eleitorado nacional. Os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revelaram recentemente que poco mais de 2,6 mil dos mais 19 mil candidatos que disputaram as próximas eleições são mulheres. Essa participação feminina aumentou em relação às últimas eleições, mas ainda não chega à metade da cota exigida por lei, embora as mulheres representam a maior parte do eleitorado apto a votar nas eleições deste ano. A legislação exige que os partidos apresentem, pelo menos, 30% de eleições mulheres, mas descumprimento da lei não acarretará nenhuma punição a eles.
Esse cenário político desfavorável para a mulher brasileira já foi bem pior, pois somente de 80 anos para cá com a instituição do direito ao voto feminino em 03 de novembro de 1930 é que elas foram autorizadas a chegar perto de uma urna eleitoral.
Isso significa que a mulher teve que percorrer uma longa trajetória de lutas para fazer parte da “democracia dos homens”. E finalmente em 2010 eleger a primeira mulher presidente do Brasil.
Tanta resistência histórica ao voto da mulher deve-se à sociedade eminentemente patriarcal e machista do início do século XX, quando a mulher era considerada um ser inferior, sem iniciativa e a maioria delas tinha que aceitar este tratamento.
Apenas algumas se lançavam ao desafio de ir contra os valores de uma sociedade onde até mesmo as que tinham alguma instrução não tinham espaço na vida publica, no mundo econômico, político, cultural e social. Exemplo disso foi a bióloga Bertha Lutz que, em 1918, liderou o movimento decisivo pela conquista do voto feminino; outro exemplo foi Alzira Floriano que, em 1929, elegeu-se prefeita da cidade de Lages(RN) quando no restante do país as mulheres sequer podiam votar.

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